Contos da vida real

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Meu pai gostava de contar as histórias da vida dele. E ele sabia contar com riquezas de detalhes. Teve uma infância sofrida, mudou-se para o Rio de Janeiro ainda criança, morou na favela, foi engraxate, carregava lenha para vender no morro, etc. Mas também conheceu muita gente importante como o ex presidente da república Itamar Franco, que foi colega de sala dele no Instituto Granbery, em Juiz de Fora. Por mais que ele repetisse a mesma história, ficávamos sempre atentos aos detalhes, que ele sabia contar como ninguém. Quando ele já estava com a idade avançada, em um churrasco no dia das mães, ele estava lá contando suas histórias e alguns filhos e netos em volta ouvindo e curtindo. Lembro que

de repente me passou uma tristeza grande em imaginá-lo indo para junto do Criador e aquelas histórias se perdendo no tempo. A minha cabeça nunca foi muito boa para contar histórias. Quando aproximei, ele me viu chegando e sorrindo pq acabara de contar uma delas e ainda me passou alguns detalhes. Na hora, aproveitando o clima de alegria, disse a ele:
- Pois é pai, o sr. poderia digitar estas histórias. A minha memória é muito ruim para guardar tantos detalhes. Um dia nós iremos sentir falta delas.
Ele apenas sorriu e continuamos a festa. Só sei que para minha felicidade e acredito que de todos os meus irmãos, umas duas semanas depois, comecei a receber as histórias dele por e-mail. De vez em quando me pego lendo e vendo ele contá-las. Boas recordações. Quando resolvi fazer meu site, disponibilizei suas histórias com esse nome, pq. apesar de algumas parecerem piadas, não são. São HISTÓRIAS DE UMA VIDA REAL.
Ps. Deixei como os originais. Ele era bom no português. Mas como a internet estava no início, os e-mails não tinham parágrafo ao trocar as linhas, saía tudo fora de formato. Então ele digitava direto sem parágrafo mesmo.
Outro detalhe é que quando ele passava e-mails para amigos contando suas histórias, ele repassava uma cópia para mim . Ele já sabia que eu estava arquivando todas.
E um último detalhe é que quando ele já estava com a idade bem avançada, recebi um telefonema  da filha ou sobrinha do pastor Manoel Guilhem, que ele faz referência na história A GRANDE VIAGEM. Ela queria saber se ele ainda era vivo. Ela tinha colocado o nome do pastor na busca da internet e bateu em meu site. Passei o contato para ela e eles ainda se comunicaram por telefone, pois o pastor também era vivo. Então seguem as histórias, na forma de contos. Espero que curtam. Se quiserem fazer algum comentário, por favor, usem o livro de visitas.

Hélder Matos de Medeiros
Autor do site:

www.fisicafacil.net

 
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